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“Scene of the Wild” – CD 2021
Dying Victims Records – Importado
8/10
Que surpresa agradável foi ouvir esse novo álbum da banda WITCHSEEKER, de Singapura. “Scene of the Wild” é o segundo álbum desse quarteto formado em 2012. O site metal archives os coloca como sendo uma banda de heavy/speed e há certa verdade nisso, mas quando você começa a ouvir músicas como a primeira “Scene of the Wild”, fica perceptível a influência dos americanos do Wasp e daquela cena glam/rock de Los Angeles.
Mas não se engane que o WITCHSEEKER não é uma banda alegre ou leve, pelo contrário, é um grupo que tem recursos criativos e mostra isso com músicas que tem bases e riffs com grande qualidade, energia e que ficam na sua cabeça. Existe algo de Iron Maiden também em alguns momentos, talvez quando a banda constrói a cama para receber os solos, como na pegajosa “Rock this Night Away”, que em alguns momentos me lembrou a pegada do incrível High Spirits. “Lust for Dust” tem guitarras em seu início que são bem Megadeth dos dois primeiros álbuns, o que já cria uma pegada mais visceral.
“Be Quick of Be Dead” não é um cover do Iron Maiden e é uma das faixas mais rápidas do álbum. Não há dúvidas das influências dessa música e o Metallica “Fight Fire with Fire” é uma dessas inspirações. Mais cadenciada é “Sin City”, uma faixa bastante empolgante. Não há como não acompanhar com o pé quando “Nights in Tokyo” inicia. É uma música que soa ingênua e totalmente anos 80. Refrão grudento e com vários “ôôôôôôôôssss”. Na mesma pegada para cima vem “Screaming in the Moonlight”, essa carregando fortemente a “benção” de Adrian Smith em suas melodias. Mais rápida é “Break Away”, uma música que só posso imaginar uma cerveja gelada nas mãos. Excelentes solos.
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Todo álbum de heavy metal que se preze traz aquela música com uma pegada mais épica e aqui esse papel cabe a “Candle in the Dark”, que mistura bem momentos mais pesados, alguns épicos e cacoetes hard rock.
O final veio com a realmente speed metal “Hellions of the Night”, rápida música que mostra um WITCHSEEKER mais visceral. “Scene of the Wild” é um álbum muito bom e que serve perfeitamente para te acompanhar no carro ou durante um bom churrasco com cerveja gelada. Uma boa surpresa vinda da Ásia.