A nossa já conhecida Cold Art Industry continua sua saga incansável de disponibilizar ao público brasileiro grandes álbuns, antigos e novos, que ajudaram e ajudar a propagar o doom metal em sua essência mais pura.
O lançamento dessa vez é o do primeiro álbum da banda sueca de doom metal OCTOBER TIDE.
O OCTOBER TIDE não é um nome novo na cena. Tendo sido formado em Estocolmo, na Suécia, em 1994, a banda fez parte de uma época mágica para o estilo, onde inúmeras bandas que moldaram o estilo estavam lançando seus clássicos. Com uma carreira de 31 anos e sete álbuns de estúdio lançados, esses suecos mostraram em seu álbum de estreia que era um nome muito sério a ser considerado.
“Rain Without End” foi lançado originalmente em 1997 e trazia na sua formação Jonas Renkse e Fredrik Norman, dois membros fundadores do maravilho Katatonia. Isso por si só já era garantia de um trabalho feito com um grande sentimento e melancolia. E eles não decepcionaram os fãs com essa estreia. O álbum traz em suas entranhas muito daquele clima envolvente e poderoso que o Katatonia também oferecia.
Acredito que a principal diferença fosse no fato de que o OCTOBER TIDE se aprofundava ainda mais no doom metal tradicional, adicionava camadas extras de peso e os vocais também ajudavam nessa diferenciação entre as duas bandas.
Para um álbum de doom metal, “Rain Without End” é surpreendentemente curto, ficando abaixo dos 40 minutos. Nessa versão brasileira do álbum isso muda, pois além da versão lançada na época, o álbum traz de bônus a versão que foi remasterizada em 2007/2008. É muito interessante ouvir as duas versões e pelo menos para mim, a versão remasterizada ficou ainda melhor, mais clara e pesada do que a original.
São sete composições de um doom metal que não se furtou a investir em melodias melancólicas, peso e muito feeling. A influência clara da sonoridade do Katatonia está presente em todo o álbum, o que seria esperado, já que os dois membros que gravaram esse trabalho também eram da banda. Mas o OCTOBER TIDE mostra mais liberdade criativa no geral e isso transparece com mais facilidade.
Todo o álbum, do início ao fim, proporciona uma experiência musical incrível. Se você ouve esse trabalho de olhos fechados, prestando atenção a cada detalhe, tudo se torna muito gratificante.
Poderia destacas a faixa de abertura “12 Days of Rain”, uma grande composição. As outras seriam “All Painted Cold”, “Blue Gallery” e finalmente a poderosa “Infinite Submission”. “Rain Without End” foi um álbum que mostrava que o OCTOBER TIDE tinha a qualidade necessária para se manter em uma longa carreira e foi o que eles fizeram. Felizmente para nós apreciadores do doom metal feito com a alma.
Tracklist:
- 12 Days of Rain
- Ephemeral
- All Painted Cold
- Sightless
- Losing Tomorrow
- Blue Gallery
- Infinite Submission
ENGLISH VERSION:
Our already well-known Cold Art Industry continues its tireless saga of making available to the Brazilian public great albums, old and new, that have helped spread doom metal in its purest essence. The release this time is the first album by Swedish doom metal band OCTOBER TIDE.
OCTOBER TIDE is not a new name on the scene. Having formed in Stockholm, Sweden, in 1994, the band was part of a magical time for the style, when countless bands that shaped the style were releasing their classics. With a career spanning 31 years and seven studio albums released, these Swedes showed on their debut album that they were a very serious name to be reckoned with.
“Rain Without End” was originally released in 1997 and featured Jonas Renkse and Fredrik Norman, two founding members of the wonderful Katatonia. That in itself was a guarantee of a work made with great feeling and melancholy. And they didn’t disappoint their fans with this debut. The album brings with it a lot of that enveloping and powerful atmosphere that Katatonia also offered.
I think the main difference was that OCTOBER TIDE delved even deeper into traditional doom metal, added extra layers of heaviness and the vocals also helped differentiate the two bands.
For a doom metal album, “Rain Without End” is surprisingly short, coming in at just under 40 minutes. On this Brazilian version of the album, this changes, as in addition to the version released at the time, the album includes the version that was remastered in 2007/2008 as a bonus. It’s very interesting to listen to both versions and, for me at least, the remastered version is even better, clearer and heavier than the original.
There are seven doom metal songs that don’t shy away from melancholic melodies, heaviness and a lot of feeling. The clear influence of Katatonia‘s sound is present throughout the album, which is to be expected since the two members who recorded this work were also from the band. But OCTOBER TIDE shows more creative freedom in general and this comes across more easily.
The whole album, from start to finish, provides an incredible musical experience. If you listen to this work with your eyes closed, paying attention to every detail, everything becomes very rewarding.
I could single out the opening track “12 Days of Rain”, a great composition. The others would be “All Painted Cold”, “Blue Gallery” and finally the powerful “Infinite Submission”. “Rain Without End” was an album that showed that OCTOBER TIDE had the quality needed to maintain a long career and that’s what they did. Fortunately for us lovers of doom metal made with soul.
Tracklist:
- 12 Days of Rain
- Ephemeral
- All Painted Cold
- Sightless
- Losing Tomorrow
- Blue Gallery
- Infinite Submission