CD/EP/LP

NETHERBIRD – Arete (Adv. CD 2021)

NETHERBIRD (Suécia)
“Arete” – CD 2021
Einsenwald Records – Importado
10/10

DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE: 30/07/2021

O NETHERBIRD é uma banda nova para mim, mas diante do que ouvi nesse “Arete” percebo que cometi um grande erro não ouvindo esse grupo sueco antes. Sendo esse o sexto álbum de estúdio e o terceiro que forma uma trilogia, iniciada em “The Grande Voyage” e continuando em “Into the Vast Uncharted”, a banda finaliza com o conceito do “Arete” – o clássico ideal de excelência. A banda traz uma grande qualidade musical que aponta o caminho de um black/death vigoroso. Em alguns momentos é impossível não pensar nos conterrâneos do Dissection, mas o NETHERBIRD não foca apenas nisso. Cria partes mais rudes e pesadas, ao mesmo tempo que deixa fluir pura melodia que são uma visível influência do heavy metal.


O resultado final dessa gama de nuâncias é a entrega de um grande álbum, de um enorme bom gosto estético. O álbum se inicia com a curta introdução “Âme Damnée” e a sequência vem a poderosa “Towers of the Night”, que reune todas as características citadas anteriormente. Um belo cartão de visitas. “Void Dancer” começa com uma belíssima peça de violão e se transforma em uma faixa incrível, onde realmente aquele clima black metal e heavy aparece fortemente. As melodias são definitivamente perfeitas. Há mais energia e rispidez em “Infernal Vistas”, mas quando a veia melódica surge ela te envolve e te hipnotiza. A próxima faixa se mostra, ao menos no início, um pouco mais sinfônica, algo como um Dimmu Borgir, mas sem aquela parafernália toda. É mais na cara e os riffs se destacam mais uma vez. Aliás, há de se tirar o chapéu para esses caras. A qualidade dos riffs, bases, temas e solos é irrepreensível.

Esquerda para direita: Pontus Bizmark Andersson (guitarra solo) Fredrik Andersson (bateria) Johan Nephente Fridell (Vocal) Micke André (Baixo & Vocal) Johan Nord – (Guitarra & Vocal) Tobias Jakobsson – (guitarra solo)

Um lado mais post surge com “Mystes”. Experimente fechar os olhos e se deixar guiar por essa composição. É simplesmente bela. Mesmo quando ela se torna pura violência, essa violência contrasta com a atmosfera criada.

A percepção de perfeição não acaba com a próxima “The Silence of Provenance”, muito menos com a última e mais longa faixa do disco, “Atrium of the Storm”. Seu início mais climático é a ponte para outra grande composição. Cadenciada, com guitarras dobradas fazendo os riffs e criando temas. Os solos aqui também são um destaque. Enfim, acho que já elogiei demais, mas música é assim. Ela precisa te envolver e proporcionar sensações com as criadas por esse “Arete”. Sinceramente espero que algum selo brasileiro resolva lançar esse álbum por aqui aqui. Já entra nos meus melhores de 2021 sem sombra de dúvida.

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