CD/EP/LP

LUCIFUGE – Infernal Power (CD 2020)

LUCIFUGE (Alemanha)
“Infernal Power” – CD 2021
Dying Victims Production – Importado
3/10

Os alemães do LUCIFUGE surgiram em 2016, fazem um speed metal muito influenciado pelo black metal antigo e já lançaram três EPs e três full antes deste “Infernal Power”. No geral, é um álbum bem produzido, com 10 faixas e pouco mais de 34 minutos de som, mas em alguns pontos eles deixaram muito a desejar.

A faixa título abre o álbum já com uma má impressão pois ela mais parece uma versão acelerada da “Black Metal” do Venom. E não me assustaria alguém dizer que a introdução de “Leviathan Arise” é um plágio de “Transylvania” do Maiden. Mesmo o núcleo dela ser bem black metal norueguês, a referência aos ingleses é repetida no meio da faixa. A terceira faixa, “Black Battalions” até que começa bem mas no terço final vem outro plágio, desta vez de “Prowler”, também do Maiden. Nestas faixas o que podemos concluir é que no vocal de Equinos, que também é guitarrista nos deixam a impressão que não são as músicas copiadas.

As coisas melhoram um pouco na quarta faixa, “Temples of Madness” onde Berenjenix usa bons riffs de guitarra e até ousa um solo. Em “Beneath the Eyes of the Black Flame” o baterista Dominatrix chega a utilizar grooves interessantes em seu kit de bateria mas no interlúdio eles pecam novamente pois copiam uma frase inteira de uma junção de “Five Magics” do Megadeth (sem a mesma técnica, claro), enquanto “Black Light of the Evening Star” faz você imaginar que está sendo introduzida “Metal Militia” do Metallica. Outra que me assustou foi “The Doors of Hell May Shake” pois pensei que era um cover de “22 Acacia Avenue” no início. Já o início de “Good As It Is” é igual a “Overkill” do Motorhead, tanto que você chega a ficar naquela expectativa de vir aquele riff de baixo, porém Matorralix não aparece nem aqui nem em qualquer outro momento do álbum. O encerramento é com “Midnight Sun”, uma faixa até simples, mas bem composta.

Desculpem os fãs, mas este não é um álbum digno de boa avaliação pois seria injusto de minha parte elogiar algo assim. Sinceramente, faz tempo que não ouço algo tão sem inspiração e com tantas cópias e plágios. Não sei se a intenção da banda era fazer alguma homenagem ou, realmente, plagiar e pensar que quem os escutasse não notaria estes pontos. Seria muito mais honesto se eles fizessem um álbum de covers do que copiar como fizeram.

Related posts

PESTICIDE – Death Compendium (CD 2023)

Fábio Brayner

DJEVEL – Tanker som rir natten (CD 2021)

Daniel Bitencourt

ANTICHRIST SIEGE MACHINE – Purifying Blade (CD 2021)

Daniel Bitencourt