* Review escrito por LEONARDO BARZI.
DATA DE LANÇAMENTO: 30/07/2020
Bandas como a Hell Gun e discos como “Kings of Beyond” são bem vindos por vários motivos pois, além da sua qualidade, tem lições importantes para o Underground e para a música em geral. A banda tem gana e conhecimento de causa, apresentam uma renovação sem perder o vínculo com os anos de ouro do Heavy Metal e, ao mesmo tempo, não soam cópias ou pastiches de bandas consagradas. As influências são fortes, mas sobressai-se a personalidade dos músicos e, anda assim, do conjunto, um time que molda o resultado final sem destaques individuais. Lucas Licheski e Jean Fallas soam integrados, mas não são guitarristas “gêmeos”, cada um colaborando com seu estilo, Matheus Luciano mescla suas influências de vocalistas alemães e ingleses, Sidnei “C.J.” Dubiella é criativo e firme e dialoga permanentemente com Marllon Woicizack e sua fundação sólida e marcante, ambos sempre se aventurando por passagens mais intimistas.
“Dracula” tem uma pegada que te remete a mundos equidistantes, como as intros de discos clássicos de Thrash e duelos de guitarra típicos do Power Metal clássico, com a cozinha pulsante e marcante que determina a integração do quinteto, seguida pela já conhecida do público “Kings of Beyond”, com a pegada Power/Speed que define a banda. A ponte pro solo já ganha o jogo, climaço perfeito para as guitarras se fundirem, para nosso deleite.
“Tears of Ra” é mais cadenciada, com refrão grudento (Drops of Fire – Rivers of Blood – Skies in Flames – Nile turns to sand!) e trampo de guitarra bem esmerado, combinando com a “Night of the Necromancer”, épica e com forte influência de Running Wild. Revolution Blade tem refrão bem hino de torcida de futebol e a letra contextualizada (fala sobre a Revolução francesa e tem posicionamento político definido) combina com o andamento mid-tempo que convida ao headbanging (nem tanto, as mudanças de tempo são constantes!) , “Cult of Ignorance” mantém o ambiente propício para o público gritar o refrão a plenos pulmões e o final mais intimista finge te acalmar para a pancadaria de “Devil Dogs”, com forte influência do Hard&Heavy oitentista (sem aquele ranço dançante, claro) e com solos dividindo as estrofes cantadas, jogada de extremo bom gosto.
O final de aproxima com a “Sacrifice”, que é outra bastante conhecida, com quebras de andamento que lembra bastante Mercyful Fate, mas sem copiar, e “Emily’s Possession” é a faixa ideal para encerrar o disco, com as guitarras dobradas em extremo bom gosto contrastando com o andamento quebrado e refrão emocionante. A produção ficou a cargo de Arthur Migotto. A HELL GUN foi formada no final de 2013 na cidade de São José dos Pinhais e a formação atual é:
Matheus Luciano – vocal
Lucas Licheski – guitarra
Jean Fallas – guitarra
Marllon Souza – baixo
Sidnei Dubiella – bateria
HELL GUN online:
Matheus: (41) 99864-6433
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