Entrevistas

FUNERAL – Uma longa tradição de metal da morte das terras paraguaias

Fomos trocar uma ideia com uma lenda do Death Metal  Sulamericano,  direto das catacumbas de Assunção, no Paraguai, a lenda FUNERAL. Umas das primeiras bandas do estilo no país vizinho. Conversamos com o Leo Barreto sobre a história do grupo.

Saudações meu amigo, Leonardo Barreto ! Quanto tempo meu hermano. Sejas bem- vindo ao The Old Coffin Spirit Zine ! Vamos fazer uma viagem aos confins das catacumbas frias do cenário underground dos anos 90. Para começarmos, como nasceu o grandioso Funeral e como era a cena no Paraguai naqueles tempos gloriosos ?

Leo Barreto -Funeral teve sua primeira formação em meados dos anos 80 e durou até o início dos90. Após a dissolução da minha banda com Basílio Coronel e Carlos Paredes em 1993 na bateria naquela época, resolvemos chamar Ramón Aquino e resolvemos construir do zero e formamos o Funeral. E a partir daí começamos a história do novo Funeral.

Em 1995, vocês lançaram a primeira Demo Tape autointitulada. Leonardo Barreto, no baixo, Carlos Paredes, na bateria, Ramon Aquino e Julio Davalos, nas guitarras e o lendário vocalista Basílio Coronel. Podemos dizer que “esses cadáveres” são a formação clássica do Funeral ? O que você pode dizer dessa fase ?

Leo – Foi o melhor período pessoalmente, pois foi minha primeira experiência musical e também para gravar e ouvir pela primeira vez um produto do qual participei. E não só aí, a satisfação que essa demo do Suffer The People nos deu foi tremenda, já que foi elogiado por grandes representantes da imprensa e nos permitiu destacar como própria banda, sendo eleita por uma rádio local como a melhor banda de Rock do Paraguai no ano de 1995.

Léo Barreto no baixo e o Carlos Vargas na guitarra estão na banda desde 1993. Mas o Carlos não gravou a clássica demo tape “Suffer the People” de 1995. Quem gravou as guitarras foram “Ramon Aquino” e “Julio Davalos” certo ? O que você pode nos dizer sobre a produção e a criação das músicas para essa clássica Demo Tape do metal paraguaio e Sul-americano ?

Leo – Carlos Vargas, não participou da gravação de Suffer The People, pois entra ele no Funeral só nos anos 2000, aproximadamente 2006 gravando o primeiro álbum “Marching To Fire”, junto com Daniel Benítez na voz e guitarra e David Rojas na bateria. Carlos Vargas então volta ao Funeral em 2013, deixando a banda no ano 2016.

Na época do lançamento dessa clássica demo tape no oeste paranaense, acredito eu, todo amante do submundo nas cidades de Foz do Iguaçu, Cascavel e outras cidades da região, tinham esse trabalho na sua coleção. A demo tape é composta pelas faixas : Suffer The People, Absurd Society, Lost Of Word e do cover para “Countness Bathory” do Venom. As letras do Funeral sempre foram de cunho social. Abordando temas como pobreza, corrupção e manipulação; além disso fincado nas raízes do Death Metal rápido, sujo, agressivo e muito bem executado. Por que resolveram gravar um cover para Countness Bathory do Venom que foge dessa linha mais crítica que o Funeral sempre teve ?

Leo – Fanatismo! Todos nós adorávamos o Venom, e como éramos uma banda promissora como Tínhamos  apenas 3 músicas na época, pegamos como parte do nosso repertório e incluímos na demo tape e concertos.

Em 1999, vocês lançaram o EP “In The Supreme” contendo duas faixas : Madhouse e In The Supreme”. Inclusive, na época, ele saiu como Demo Tape, né ? Pesquise no Google e no Metal Arquive consta como um EP. Tenho ela na minha coleção e também tenho Suffer The People de 1995. Esses lançamentos foram todos independentes? E a banda pensa em lançar em CD num futuro próximo esses dois trabalhos ?

Leo – Elas  já fizeram parte do primeiro álbum do Funeral, “Marching To Fire”, lançado pelo ano de 2006.

Antes do fim do século 20, vocês lançaram um “3 Way Split” chamado : Sudamerica brutal Vol. 1 de 1999.  Esse artefato é um poderoso míssil de devastação, totalmente bélico. Mostra o poder das bandas extremas sul-americanas. Como surgiu essa união com a lenda Anal Vomit (Peru) e Carnarium, de Buenos Aires (Argentina) ? Acredito que essa parceria tenha ajudado muito a divulgar o nome do Funeral mundo afora ?

Leo  Em 1997, fomos convidados pelo produtor de Buenos Aires – Argentina, Sr. Pocho Metallica para um show na cidade de Hurlingham e lá ele mesmo nos pediu para  participar do “Sudamérica Brutal No.1”,  junto com as outras bandas, e foi com essa ajuda  que  estávamos participando pela primeira vez de um material internacional.

Léo, você ainda mantém contatos com os antigos membros do Funeral ? Você sabe o que eles estão fazendo hoje em dia ? Continuam na luta, na cena  underground com bandas ou algo assim ?

Leo – Ainda estou em contato com alguns deles, pois vários integrantes passaram pelo Funeral. Da primeira formação do Funeral que gravou a demo “Suffer The People”, nenhum deles está mais ativo em bandas. E os  que participaram do álbum “Marching To Fire”, cada um deles tem seus projetos e bandas.

Em 2006, vocês lançaram o full álbum chamado “Marching to Fire”. Esse artefato é um material matador de um death metal brutal, rápido, sujo e muito bem executado. Como foi a aceitação  desse trabalho na mídia especializada e fanáticos metalheads no submundo do  Paraguai e sul-americano ?

Leo –  Felizmente este material atingiu seu objetivo de chamar a atenção dos headbangers pela potência e estrutura técnica de cada tema, obtendo excelentes críticas tanto a nível nacional como internacional

A cena paraguaia sempre teve uma ligação forte com a cena da tríplice fronteira que faz divisa com Puerto Iguassu na Argentina, Foz do Iguaçu no Brasil e Ciudade del Leste no Paraguai. Funeral sempre tocou em Foz do Iguaçu e Cascavel, nos anos 90. O que você lembra desses shows no oeste paranaense ?

Leo – Pessoalmente, são as melhores recordações de ter estado nas 3 fronteiras, desde  nossos primeiros shows como banda e a satisfação de encontrar amigos de verdade nesses  países. Eu sempre carrego essas memórias e os grandes camaradas comigo do metal.

Como foi ir até a cidade de Cascavel, em 1997, para abrir o show do Napalm Death. Segundo dizem: o promotor fugiu com o dinheiro do cachê dos ingleses que, consequentemente, se recusaram a subir no palco; e o Funeral roubou a cena daquela noite memorável do submundo paranaense e fez um show matador.

Leo – Foi assim que descobrimos que havia problemas de pagamento por parte da organização com a banda Napalm Death, e já tínhamos finalizado nosso set de músicas, até o organizador do lado nos pede para continuar tocando e assim o fizemos, um par de mais problemas e terminamos o show do Funeral, para depois descobrir o problema que  ocorreu entre o organizador e a banda Napalm Death. O público  presente respondeu muito bem à proposta do Funeral e de onde saímos bastante satisfeitos com a reação dos headbangers  do Brasil.

Além de vocês tocarem em Foz do Iguaçu e Cascavel (PR), vocês tocaram também na maior cidade brasileira, que é São Paulo. Como foi esse show e o que houve que não retornaram para mais shows no decorrer da história do Funeral ?

Leo – Sim, estivemos em São Paulo onde havíamos tocado com a banda Zoltar, foi um show incrível onde o público respondeu muito bem a proposta do funeral e onde ficamos bastante satisfeitos com a reação dos headbangers do Brasil. Não houve mais apresentações do  Funeral, devido às mudanças que vieram depois na banda com formação.

Em 1997 vocês tocaram em Buenos Aires, na Argentina, abrindo  para o Marduk ? Como foi esse show e quais as suas impressões sobre os suecos ?

Leo –  Sim, apresentamos no Teatro Flores de Buenos Aires, a reação do público foi uma surpresa, já que éramos a única banda do estilo Death Metal, em um festival Black Metal, onde o headliner foi a grande banda sueca Marduk, um dos pilares do Black Metal Mundial. Partilhamos com eles mais do que o palco, os seus whiskies e uma conversa agradável, e inesquecível, com certeza !

 A cena paraguaia é uma cena muito forte e muito ligada às raízes do metal. Lembro que eu estava em Asunción em 1998 ou 99, a memória já não é a mesma (KKK), e fui no grandioso Arasunu Rock fest, que contava com várias bandas da América do Sul, representando seus países. E representando o Brasil estavam os catarinenses do Khrophus, e eu fiquei muito amigos deles, e um ano depois estava morando em Santa Catarina. Lembro que o guitarrista Adriano e o Baterista Kennedy ficaram encantados e loucos pela cena paraguaia, e o público presente neste show. Como anda a cena do seu país hoje em dia ?

Leo – A cena, naquela época, era muito voltada para o Death Metal, muito  por  nossas apresentações constantes e a vinda de várias bandas de Death Metal, de vários países naquela época ao Paraguai.Atualmente a cena se expandiu e há uma variedade de estilos que a tornaram mais amplamente distribuída ao público, headbanger, somado a isso a paralisação do Funeral desde 2016. 

No Brasil, hoje em dia, o The Force e o Verthebral são bem conhecidos nos quatro cantos do Brasil. Que outras bandas contemporâneas do seu país você indicaria para nossos leitores ?

Leo – Eu recomendaria To Arkham (Black Metal), Abomination (Death Metal), Diagonal de Sangre (Death Metal), Ablaze (Death Metal), Ripper (Thrash Metal), entre outros, observando que tem muito mais bandas excelentes no nosso cenário nacional.(Paraguai)

 E no Brasil,  você conhece algumas bandas, fanzines, e selos ?

Leo –  No momento não me lembro de nenhum Fanzine, mas de bandas como The Face,  Krophus, Zoltar, Torture Squad, Battalion,  Kreditor, Hammer Down, Steel Lord e outros que não lembro  agora de memória.

E o Funeral está adormecido  no momento ? Existe planos para o futuro da banda ?

Leo –  Sim, ele está dormindo, problemas com a formação, não sei se volta ou não. mas é uma boa oportunidade de dar à luz ao  filho de Funeral que há tempos esperava para entrar em cena.

Você está com uma nova banda ou é só um novo projeto chamado Hikuai ? Esse nome é Guarani ? Você poderia nos dizer um pouco mais sobre esse projeto ?

Leo – Sim, é o meu projeto HIKUAI! Filho do funeral, muito atrasado e agora estamos dando o empurrão necessário com os novos integrantes. HIKUAI, é uma palavra Guarani que significa “ELES”. É o meu projeto que sempre terá algumas influências do Funeral nas composições  só que desta vez terá alguns retoques técnicos que fará a diferença e principalmente a nova vocalização que terá o toque melódico sem chegar ao gutural, transitando entre o heavy metal agressivo e o thrash metal. ao falar sobre “ELES”, estamos falando de todos nós e dos intangíveis, somos todos HIKUAI (ELES) !

O Paraguai, como já dissemos, tem uma cena forte e bandas lendárias. Além do Funeral, que é um pioneiro no death Metal, têm o Sabaoth, uma das primeiras bandas de black metal, entre outras. O que você pode dizer do lendário Corrosion, que é uma das primeiras bandas de thrash metal, e seu clássico álbum “Report off Exploitation” de 1993 ?

Leo – Uma super banda que orgulha a história do Thrash Metal paraguaio, com esse álbum marca o antes e o  depois na história do Metal paraguaio.

Meu amigo, Leo, obrigado pela   entrevista! Hail Funeral ! Suas últimas palavras. Fuerza metal del Paraguay!!!

Leo – Gostaria de agradecer ao The Old Coffin Spirit Zine, pela oportunidade de eu contar um pouco sobre a história do Funeral e que neste momento a banda está  parada não apenas pela saída dos integrantes por diversos motivos e que atualmente estou com meu Projeto HIKUAI, que muito em breve estaremos também lutando em cena. Abraço aos hermanos do Brasil !!!

ESPÃNOL:

Fuimos a intercambiar una idea con una leyenda del Death Metal sudamericano, directo de las catacumbas de Asunción, en Paraguay, la leyenda Funeral. Una de las primeras bandas del estilo en el país vecino.

Saludos mi amigo, Leonardo Barreto! Cuanto tiempo mi hermano. Bienvenidos a The Old Coffin Spirit Zine Portal ! Hagamos un viaje a los confines y frías catacumbas de la escena underground de los años 90. Para empezar, cómo nació el gran Funeral y cómo era la escena en el Paraguay de aquellos tiempos gloriosos?

Funeral tuvo su primera formación a mediados de los 80 y que duró hasta principios de los 90. Luego en 1993 de la disolución de mi banda con Basilio Coronel y Carlos Paredes en la batería en ese momento, decidimos llamar a Ramón Aquino y decidimos armar de cero nuevamente a Funeral. Y de ahí iniciamos la historia del nuevo Funeral.

En 1995 lanzaste tu primer Demo Tape, homónimo y de alguna manera Leonardo Barreto, en el bajo, Carlos Paredes, en la batería, Ramón Aquino, Julio Davalos, en las guitarras y el legendario cantor Basílio Coronel. Podemos decir “que estos cadáveres” son la formación clásica de Funeral ? Qué puedes decir de esta época?

Fue la mejor etapa personalmente, ya que era mi primera experiencia musicalmente y también la de grabar y escuchar por primera vez un producto donde yo participaba. Y no sólo ahí, las satisfacciones que nos dio ese ese demo Suffer The People fueron tremendo, ya que fue elogiado por grandes representantes de la prensa y nos permitió sobresalir como banda en sí, siendo elegidos por una radio local como mejor banda de Rock del Paraguay en el año 1995.

Léo Barreto en el bajo y Carlos Vargas en la guitarra están en la banda desde 1993. Pero Carlos no grabó el clásico demo tape “Suffer the People” de 1995. Quienes grabaron las guitarras fueron “Ramon Aquino” y “Julio Davalos”. verdad? Que nos puedes contar sobre la producción y creación de las canciones de este Demo Tape clásico del metal paraguayo y sudamerica?

Carlos Vargas, no participó en la grabación de Suffer The People, puesto que él ingresa a Funeral recién en los años 2000 aproximadamente hasta el 2006 grabando el primer disco Marching To Fire, junto a Daniel Benítez en voz y guitarra y David Rojas en batería. Carlos Vargas luego vuelve a ingresar a Funeral en el año 2013, abandonando la banda en el año 2016. En el momento del lanzamiento de este clásico maqueta en el oeste de Paraná, creo que todos los amantes del inframundo en las ciudades de Foz do Iguaçu, Cascavel y otras ciudades de la región tenían esta obra en su colección. El demo está compuesto por los temas: Suffer The People, Absurd Society, Lost Of Word y el cover de “Coutess Bathory” de Venom. Las letras de Funeral siempre han tenido una cuña social, como la pobreza, la corrupción y la manipulación, y además arraigadas en las raíces del death metal rápido y sucio. agresivo y muy bien ejecutado. Por qué decidiste grabar una versión de Coutess Bathory de Venom que se desvía de la línea más crítica que siempre ha tenido Funeral? Fanatismo! Todos admirábamos a Venom, y como éramos una banda emergente como sólo teníamos 3 temas en esa época, lo tomamos como parte de nuestro repertorio y lo incluimos en el demo y de los conciertos.

En 1999 lanzaste el EP “I The Supreme” que contiene dos temas: Madhouse y I The Supreme”. De hecho, en su momento salió como Demo Tape, no? Búscalo en Google y el Metal Archive muestra lo tengo como EP, lo tengo en mi colección y también tengo Suffer The People de 1995. Estos lanzamientos fueron todos independientes y la banda piensa sacar estos dos trabajos en CD en un futuro cercano?

Ya fueron incluidos en el primer álbum de Funeral,”Marching To Fire”, que fue lanzado en el año 2006.

Antes de terminar el siglo XX, lanzaste un “3 Way Split” llamado : Brutal Sudamerica Vol. 1 de 1999. Este artefacto es un poderoso misil de devastación y totalmente bélico. Mostrando el poder de las bandas sudamericanas extremas. Cómo surgió esta unión con la leyenda, Anal Vomit (Perú) y Carnarium de Buenos Aires. Argentina ?

Creo que esta asociación ha ayudado aún más a difundir el nombre de Funeral en todo el mundo ? En el año 1997, fuimos invitados por el productor de Buenos Aires – Argentina, el señor Pocho Metallica para un concierto de la ciudad de Hurlingham y ahí el mismo nos propuso de participar del Sudamérica Brutal Nro.1, junto a las otras bandas, y fue con esa mano de Pocho que estábamos participando por primera vez en un material internacional.

Leo,sigues en contacto con los ex integrantes de Funeral? Sabes lo que están haciendo estos días? Siguen peleando, en la escena underground con bandas o algo así ?

Sigo en contacto con algunos, pues por Funeral pasaron varios integrantes. Del primer Funeral que grabó el demo “Suffer The People”, ninguno ya está activo en bandas. Y los que participaron del disco “Marching To Fire”, cada uno está en sus propios proyectos y bandas.

En 2006, lanzasteis el disco completo llamado “Marching to Fire”. Este artefacto es material asesino de death met al brutal, rápido, sucio y muy bien ejecutado. Cómo fue la aceptación de esta obra en los medios especializados y fanáticos metaleros del hampa de Paraguay y Sudamérica?

Afortunadamente este material llegó a su objetivo de captar la atención de los head banger en cuanto a la potencia y estructura técnica de cada tema, obteniendose excelente critica tanto a nivel nacional como internacional.

La escena paraguaya siempre ha tenido una fuerte conexión con la escena de la triple frontera que limita con Puerto Iguazú en Argentina, Foz do Iguaçu en Brasil y Ciudad del Este en Paraguay. Funeral siempre tocado en Foz do Iguaçu y Cascavel, en la década de 90. ¿Qué recuerda de estos espectáculos en el oeste de Paraná?

Personalmente son los mejores recuerdos haber estado en las 3 fronteras, puesto que eran nuestros primeros shows como banda y la satisfacción de conocer amigos de verdad en esos países. Siempre llevo presente esos recuerdos y a los grandes camaradas del Metal!

Cómo fue ir a la ciudad de Cascavel en 1997 para abrir el show de Napalm Death y según dicen: el promotor se escapó con el dinero de la tarifa de inglés y en consecuencia se negaron a subir al escenario, y Funeral robó el show de aquella noche memorable de los bajos fondos paranaenses y montar un show matador?

Así nos enteramos, que había problemas de pago de parte de la organización para con la banda Napalm Death, y ya habíamos culminado nuestro set de temas, hasta que el organizador desde un costado nos pide que sigamos tocando y así lo hicimos, un par de temas más y dimos por finalizado el Show de Funeral, para luego enterarnos del problema acaecido entre el organizador y la banda Napalm Death.

Además de que juegas en Foz do Iguaçu y (PR) Cascavel, (PR) también tocaron en la ciudad más grande de Brasil que es Sao Paulo. Cómo fue este show y qué fue lo que no volvió para más shows a lo largo de la historia de Funeral?

Sii, estuvimos en San Paulo, donde nos habíamos presentado con la banda Zoltar. Fue un increíble Show donde el público presente respondió bastante bien a la propuesta de Funeral y de donde salimos bastantes conformes con reacción del head banger de Brasil. No hubieron más presentaciones de Funeral, por los cambios que se vinieron posterior a todo esto.

En 1997 tocaste en Buenos Aires, Argentina, abriendo para Marduk? Cómo fue este espectáculo y cuáles son sus impresiones sobre los suecos?

Si, nos presentamos en el Teatro Flores de Buenos Aires, la reacción del público nos sorprendió, puesto que éramos la única banda del estilo del Death Metal, en un festival Black Metal, donde la cabeza de cartel era la gran banda sueca Marduk, uno de los pilares del Black Metal Mundial. Compartimos con ellos a más del escenario, sus whiskys y una amena charla, inolvidable por cierto.

La escena paraguaya es una escena muy fuerte y muy conectada con las raíces del metal. Recuerdo que estuve en Asunción en 1998 o 99, el recuerdo ya no es el mismo (KKK) Fui al gran festival Arasunu Rock que tenía varias bandas de Sudamérica representando a sus países. Y representando a Brasil estaba Khrophus de Santa Catarina y me hice muy amigo de ellos y un año después estaba viviendo en Santa Catarina. Recuerdo que el guitarrista Adriano y el baterista Kennedy estaban encantados y locos por la escena paraguaya y el público presente en este show. Cómo es la escena en vuestro país hoy en día?

La escena, en ese tiempo estaba muy concentrado en el Death Metal, tanto por nuestros constantes presentaciones y la venida de varias bandas de Death Metal en esa época. Actualmente se amplió la escena y hay variedad de estilos que hizo distribuir más al público Head banger, sumado a eso la paralización de Funeral desde el 2016.

Brasil hoy en día, The Force y Verthebral son bien conocidos en los cuatro rincones de Brasil. ¿Qué otras bandas contemporáneas de tu país recomendarías a nuestros lectores?

Recomendaría a To Arkham (Black Metal), Abomination (Death Metal), Diagonal de Sangre (Death Metal), Ablaze (Death Metal), Ripper (Thrash Metal), entre otros, sin dejar de señalar que existe muchas bandas más, que son excelentes de nuestra escena nacional.

y en Brasil, conocéis bandas, fanzines y sellos ?

En este momento no recuerdo ningún Fanzine, pero bandas como Krophus, Zoltar, Torture Squad, The Face, Batalion, Kreditor, Hammer Down, Steel Lord y otras más que ahora no recuerdo.

Y Funeral está dormido en este momento? Hay planes para el futuro de la banda?

Si, está dormido, problema de integrantes, nosé si vuelve o no. Pero es una buena oportunidad de darle nacimiento al hijo de Funeral que hace rato espera estar en la escena.

Estás con una nueva banda o es solo un nuevo proyecto llamado Hikuai? ¿Ese nombre está en guaraní? ¿Podrías contarnos un poco más sobre este proyecto?

Siii, es mi proyecto HIKUAI ! El hijo de Funeral, largamente postergado y ahora le estámos dando el empuje necesario con los nuevos integrantes. HIKUAI, es una palabra en guaraní que significa “ELLOS”. Es mi proyecto que siempre tendrá algo de Funeral en la composición, sólo que esta vez tendrá algunos toques técnicos que marcará la diferencia y sobre todo la nueva vocalización que tendrá el toque melódico sin llegar a lo gutural, yendo entre el heavy agresivo y el Thrash metal. Al hablar de “ELLOS”, estámos hablando de todos nosotros y de los intangibles, todos somos HIKUAI (ELLOS) !

Paraguay como dijimos tiene una escena fuerte y bandas legendarias. Además de Funeral, que es pionera en el death metal, Sabaoth es una de las primeras bandas de black metal, entre otras. ¿Qué puedes decir sobre los legendarios Corrosion, que son una de las primeras bandas de thrash metal / death metal y su clásico álbum de 1993 “Report off Exploitation”?

Una super banda que enorgullece la historia de Thrash Metal paraguayo, que con ese álbum marca un antes y un después en la historia del Metal Paraguayo.

Amigo Leo, ¡gracias por la entrevista! ¡Salve Funeral! Tus ultimas palabras. ¡¡¡Fuerza metal del Paraguay !!!

Quisiera agradecer a The Old Coffin Spirit Zine, por la oportunidad que me da de contar un poco la historia de Funeral y que en este momento la banda está en stand by, por quedarme sólo por la salida de los integrantes por distintos motivos y que actualmente estoy con mi proyecto HIKUAI, que muy pronto estaremos también dando batalla en la escena sudamericana. Salud Hermanos del Metal !

Related posts

SIJJIN – A tradição do death metal como meta

Fábio Brayner

GORGON – “Popularidade não é o objetivo…”

Walter Bacckus

FLESH GRINDER – A imundície nunca para

Fábio Brayner