“World Domination” – CD 2020
Agonia Records- Importado
9/10
O DEMONICAL dificilmente erra em seus lançamentos e “World Domination” é mais um álbum que traz o death metal sueco da banda em grande fase. A primeira impressão é de que a produção está mais pesada e definida do que nos trabalhos anteriores. A sonoridade da banda focando em um grande peso aliado a linhas melódicas está ainda mais presente e comparações com o grande Dismember são inevitáveis, mas a banda traz também um lado mais agressivo e sujo que seus conterrâneos não tinham.
Esse lado mais melódico aparece na porrada “My Kingdom Come”, faixa que une bem os dois lados da banda. Já “Hellfire Rain” é mais visceral e death metal na veia. Aquele meio tempo quase punk se faz presente na música inteira e deixa a faixa ainda mais energética. “Aeons of Death” é uma música mais trampada e me lembrou aquela fase alienígena do Hypocrisy. Boa música. A coisa fica séria com a descomunal “The Thin Darkness”. Agressividade e peso em doses cavalares e com um baita vocalização. Música foda. Uma das minhas favoritas é “We Stand as One”. Ela não tenta reinventar a roda e apenas investe num death metal carrancudo e direto. Como o death metal sueco é algo incrível. Brutalidade é liberada sem grilhões aqui.
A próxima é “Victorious” que me surpreendou com uma pegada mais lenta e com uma linha melódica arrasadora (não confunda melódico com algo alegre, por favor). A próxima música deve ser uma das composições mais diferentes que a banda já fez, pelo menos no que diz ao uso de vocais. O vocalista do Astral Doors Nils Patrik Johansson participa e coloca vocais mais cantados em alguns momentos criando uma experiência estranha mas curiosa de se ouvir em um álbum do DEMONICAL. Faixa pesada, mas destoa um pouco. Já a última música “Calescent Punishment” é a melhor faixa do álbum pois libera a porradaria e riffs matadores. Todo o álbum é muito pesado e a produção fez uma baita diferença no resultado final. A capa desse álbum também é assassina. Simples e efetiva. Esse novo álbum deu um passo a mais em termos de qualidade e é uma bela demonstração de como se fazer death metal.
