DEATH TO ALL (USA) – 22/03/2024
Toinha Brasil Show – Brasília/DF
21:00
Tomei a decisão de ir ao show meio que em cima da hora e por causa do trabalho e do horário de início do evento, não consegui ver o show da banda de abertura. Os brasilienses do Roasting foram os escolhidos. Quando cheguei e entrei no local, a banda está iniciando a última música do seu setlist. Obviamente não posso tecer uma opinião sobre o show dos caras, mas baseado no que ouvi, o som não estava bom. Bateria estava alta e as guitarras muito emboladas. Infelizmente isso continuou por boa parte da noite, com momentos de melhora e outros de piora.
Após um intervalo usado para a preparação do palco, uma introdução começou a rolar nos auto falantes, preparando os presentes para o show do DEATH TO ALL, uma banda que traz em sua formação nada menos do que Gene Hoglan (ex-Death, Dark Angel) e Steve DiGiorgio (Sadus, Death e mais um milhão de banda), além dos guitarristas Max Phelps (Obscura, ex-Cynic) e Bobby Koelble (Death). Com uma formação estelar como essa, o DEATH TO ALL se apresenta como um grande tributo a uma obra atemporal criada pelo saudoso Chuck Schuldinner. Para todos aqueles que nunca puderam ver o DEATH ao vivo, ver esses caras executando grandes clássicos da banda é um espetáculo que não pode ser perdido.
O set list trouxe 16 músicas de todos os álbuns lançados pelo DEATH em sua carreira desde os anos 80 até o último álbum, lançado no final dos anos 90. A apresentação da banda foi certeira em todos os momentos e mesmo sentindo falta de algumas músicas das fases mais antigas, os caras souberam equilibrar a escolha das músicas e ofereceram um show realmente muito bom.
Os pontos altos do show foram músicas como “Open Casket”, “The Philosopher”, “Living Monstrosity”, “Lack of Comprehension”, “Crystal Mountain”, o clássico dos clássicos “Zombie Ritual” e “Pull the Plug”.
O ponto negativo é passível de uma análise mais aprofundada. O Toinha Brasil Show é um casa de pequeno para médio porte e a existência de uma “área vip” é algo digno de piada. Percebi que aumentaram o espaço da area vip, ou seja, espremeram mais ainda quem não adquire esse ingresso. O som também não estava perfeito. Não mesmo. Houve momentos em que se ouvia apenas bateria e baixo, de tão altos que estavam. O som foi melhorando com o passar das músicas, mas nunca chegou perto do som adequado para um som como o do DEATH TO ALL. Me falaram que no show anterior, do Rotting Christ, o som também apresentou uma série de problemas. Então fica aqui um puxão de orelha aos produtores. Com ingressos tão caros, não colocar um som que seja perfeito é inaceitável com o público e com as bandas.
Apesar desses problemas citados, poder ver ao vivo a execução de músicas que entraram para a história do metal mundial foi uma experiência única. Sou suspeito para falar de Gene Hoglan. O cara é um dos meus bateristas favoritos e toca na banda de thrash metal que mais amo nesse planeta, o fudido Dark Angel. Steve DiGiorgio é um músico que não precisa de apresentações e ver tudo aquilo sendo executado na sua frente é de cair o queixo. Com certeza Chuck ficaria muito satisfeito com a execução de sua obra e em ver que mesmo tanto tempo depois de sua partida, sua obra musical coloca milhares de pessoas que nem estavam vivas ainda para agitar. Isso é que chamamos de legado.
O set list do DEATH TO ALL foi:
- Open Casket
- The Philosopher
- Suicide Machine
- Living Monstrosity
- Symbolic
- Infernal Death
- Scavenger of Human Sorrow
- Overactive Imagination
- Within the Mind
- Baptised in Blood
- Flesh and the Power it Holds
- Lack of Comprehension
- Crystal Mountain
- Zombie Ritual
- Spirit Crusher
- Pull the Plug