Quando o assunto é metal, todos temos bandas e estilos preferidos, aquele que nos prende mais a atenção. As dezenas de sub estilos do gênero são algo do nosso cotidiano, mas para alguém que não seja um headbanger, soa como uma lista interminável de bandas e sonoridades que nem são totalmente assimiladas. Mas algo que é claro como o dia para qualquer um é que o heavy metal é um estilo que abraça de forma apaixonante grandes melodias, guitarras pesadas, vocalizações marcantes e se eu tivesse que responder a alguém que banda poderia ser apontada como a personificação dessas qualidades, a resposta seria simples: SAXON.
Esses ingleses, com décadas de carreira e uma discografia tão grande quanto, são exatamente isso e mesmo com altos e baixos na carreira (algo compreensível para uma banda que está há tanto tempo na estrada), consegue chegar ao ano de 2022 lançando um álbum que é um arregaço completo. “Carpe Diem” é um disco de HEAVY METAL com letras maiúsculas e todos os adjetivos que possamos querer usar para descrever um álbum que energiza o ambiente. Ainda que não tenhamos aqui um clássico imediato como aqueles álbuns antigos da banda, “Carpe Diem” pode facilmente entrar para a lista dos melhores álbuns da carreira do SAXON.
Me pergunto como veteranos como esses caras começar um álbum com uma pedrada intitulada “Carpe Diem (Seize the Day)”, música dona de um riff de entrada que vai destruir P.A.s ao redor do mundo quando for tocada ao vivo. Refrão que cola logo de cara e te faz repeti-lo. “Age of Steam” é pesadona e marcante, mas “The Pilgrimage”, faixa que vem a seguir, tem aquela atmosfera épica da banda, que é quase uma marca registrada. Biff Byford está cantando muito nesse álbum.
Quando “Dambusters” começa você lembra daquela pegada nervosa do Iron Maiden em seus álbuns com Dianno e em seguida vem o peso do Saxon. Coisa fina… O chão volta a tremer com a massa sonora criada por “Remember the Fallen”, outra música com um baita riff. E o atropelo de rifferama não para por aí. Ouça “Super Nova” e veja como o heavy metal deve soar. Isso é puro explosivo musical. Eu já estou criando o hábito de aumentar o volume quando as guitarras de “Lady in Grey” se iniciam. Peso absurdo tem esse início.
“All of One” me lembrou aquelas músicas porradonas da banda do Dio e essa tem aquela mesma pegada forte. As duas últimas faixas são a cadenciada “Black is the Night” e a elétrica “Living on the Edge”, uma faixa rapidíssima para os padrões do SAXON e que fecha em alto nível um puta álbum de heavy metal que tem tocado no meu playlist há semanas… Espero que a banda retorne ao Brasil em breve, sem pandemia e em um final de semana…. Grande lançamento da eterna batalhadora Heavy Metal Rock.