DATA DE LANÇAMENTO/RELEASE DATE – 25/11/21
A união blasfema entre o WHOREDOM RIFE e o selo “Terratur Possessions” garante que encontraremos, com certeza, ao menos dois elementos básicos nos produtos lançados: A sonoridade da banda fiel ao “True Norwegian Black Metal”; E as artes de capa de tirar o fôlego, sempre sombrias, banhadas em heresia e ilustradas com cores vibrantes pelo incrível artista alemão conhecido como “Hatrul”.
A banda é da safra mais recente, mas a dupla já boa experiência prévia, e ganhou notoriedade no submundo extremo a partir de 2017, com o lançamento do primeiro álbum de estúdio, o excelente “Dommedagskvad”. Desde então, os caras têm se mantido bastante ocupados, com material de diversos formatos saindo praticamente todo ano. Como, por exemplo, o ótimo Split do ano passado de nome “Pakt”, gravado juntamente com o TAAKE.
Desde o primeiro EP homônimo, de 2016, a banda vem produzindo Black Metal tipicamente norueguês, e chega no final deste mês de novembro ao seu terceiro álbum de estúdio, com “Winds of Wrath”. Além do sonzão, sua capa é uma das mais sensacionais do ano, magnífica.
O novo trabalho mantém-se totalmente leal às características já conhecidas do WHOREDOM RIFE: Sons extensos, com tempo médio de 7 minutos por música, o vocal marcante de “K.R” (um dos mais profanos e doentios da cena atual) e a habilidade do multi-instrumentista “V. Einride”, que toca o terror no estúdio e joga em todas as pontas com muita qualidade.
Os riffs continuam afiados e ricos em melodias furiosas e tenebrosas, o som de baixo bem destacado na produção, mantendo-o onipresente e agradável de ouvir, com bastante punch. A bateria é espancada com precisão e, em diversos sons, como na segunda “A Thousand Graves Endured”, não apresenta muita variação, persistindo em andamentos médios ou até acelerados que induzem rapidamente o ouvinte a um efeito hipnótico.
A abertura do disco com “Curse of the Moon” é grandiosa. Os sintetizadores agregam efeitos interessantes à música expressamente hostil da dupla. Traços inconfundíveis da sonoridade da banda, os andamentos excepcionalmente cativantes e ao mesmo tempo, odiosos.
“Gospel of Hate” é ótimo destaque com seu trabalho de guitarras, desde o riff colossal de abertura, passando pelas melodias memoráveis do refrão, as belas harmonias e os raros leads, que fazem desta uma peça categórica de sacrilégio.
“Hav av Sykdoms Blod” ou “Mar de sangue de doenças” em tradução livre, soa extra agressiva e menos melódica inicialmente. Desacelera e conta com passagens atmosféricas e extremamente densas, somente para retomar o ataque impiedoso, dessa vez adicionando riffs melódicos viciantes.
“Winds of Wrath” começa com o som dos ventos (dos infernos?) e mantém uma aura maléfica imponente, que remete à ilustração da capa. Brilha nas acelerações lideradas pela percussão, de ótimo trabalho e amplo arsenal investido.
“Einride” encerra o álbum em ritmo super cadenciado, apostando em uma atmosfera de clima pesado e envolta em tensão, que jamais se altera ou se precipita rumo à velocidade. É um som diferente do que a banda costuma produzir, de forma geral, e dá um toque especial à obra.
Excelente terceiro álbum do WHOREDOM RIFE. Definitivamente recomendável aos fãs de Black Metal norueguês na linha do TAAKE, RAGNAROK, DJEVEL, DØDSENGEL, URGEHAL, CARPATHIAN FOREST e afins.
Tracklist do álbum a seguir, totalizando 44:21 minutos de duração:
2 – “A Thousand Graves Endured”
3 – “Gospel of Hate”
4 – “Hav av Sykdoms Blod”
5 – “Winds of Wrath”
6 – “Einride”