Entrevistas

ANTICHRIST HOOLIGANS – Caos, riffs e destruição em massa de Santa Catarina

Fomos bater um papo com o Guilherme, guitarrista da banda de Black Thrash Metal de Florianópolis (SC), Antichrist Hooligans, sobre a volta da banda, nova formação e o futuro deles.. “Resolvi continuar com a banda porque o metal é uma das coisas que alimenta a minha alma, gosto de me envolver com a cena, ainda compro material e tento ajudar o que esta ao meu alcance.” Com vocês os anticristos da ilha da magia.

Saudações Guilherme Biz ! (Satanik Metal Impaler) É uma honra ter o grandioso Antichrist Hooligans aqui no The Old Conffin Spirit Zine & Portal. Vocês iniciaram a banda em 2010 e com uma formação matadora, com músicos experientes, e com uma história dentro da cena catarinense. Lançaram materiais matadores e vários shows pelo Underground e foram bem aceitos pelos maníacos Metalheads e mídias especializadas. Mas do nada recebemos a notícia que a banda se separou. O que houve para essa separação e porque você resolveu refazer a banda e continuar a luta dentro do submundo ?

Guilherme Garbelotto: Grande Waltinho, tudo certo? Na verdade o que aconteceu é que no ano de 2018 nos vimos pouco, todos estavam muito atarefados com suas vidas pessoais e profissionais. Chegamos a pensar em terminar a banda, mas resolvi pedir autorização para cada um para continuar, para pelo menos gravar o terceiro CD (já tínhamos 10 músicas encaminhadas). Resolvi continuar porque o Metal é uma das coisas que alimenta a minha alma, gosto de me envolver com a cena, ainda compro bastante material e tento ajudar no que está ao meu alcance. Tenho uma ligação muito forte com a Antichrist Hooligans porque era um som que sempre pensei em fazer e sou muito grato aos que fizeram parte dela por terem me proporcionado os melhores momentos que passei nessa vida metálica. Mas ainda não estou 100% satisfeito.

LUCIANO LAMFERNIIS: Vocais (Luciferiano, Camos, Desejo Impuro, ex-Evilwar, ex-Profane Souls, ex-Svatan) – Foto por Leandro Cherutti

Quando você resolveu voltar com essa nova formação ? E apresente-nos os novos “anticristos” que compõem essa nova formação e como você chegou até eles ?

Guilherme Garbelotto: Assim que resolvi voltar, o Diego iria fazer os vocais e pensei em chamar o Luciano Lamferniis para fazer uma participação. Aconteceu que o Diego não pode continuar e conversei com o Lamferniis para saber se ele queria fazer parte da banda. A resposta positiva foi imediata, fiquei feliz pra cacete pois sempre curti os trampos dele, tem um talento fudido e é um cara gente finíssima. E nesse meio tempo entrei em contato com o batera Cássio Casarin (Ex-Grotesque Glory) pois morava perto da minha casa. O bicho toca muito, destruidor! E um grande amigo também! E começamos a ensaiar, voltou aquela sensação de satisfação de poder fazer um som novamente. Isso começou em 2019, depois veio a pandemia e ferrou com tudo. Lamferniis indicou o baixista Rafael e desde então estamos na ativa, gravamos dois sons com essa nova formação e em breve divulgaremos nas redes.

Parabéns Guilherme ! Você montou um forte time para essa volta do Antichrist Hooligans. O Cássio (Sgt.Empalador) é um grande amigo meu desde 2000/2001, época que Bal. Camboriú(SC) tinha uma cena forte. Os demônios que habitavam o submundo da capital do Atlântico Sul na época Alocer, Lycanthropy e o Grotesque Glory banda que o Cássio fazia parte e que o seu mentor Márcio “Satan” (V/B) hoje é conhecido como “Pastor granada”.(kkk) Eu sei que o Cássio não compactua com as ideias de seu ex- parceiro de banda. Até porque ele estava mais envolvido com a cena hardcore. Luciano Lamferniis é outro grande amigo e esta entre um dos melhores vocalistas do Brasil. Ele tá participando de outras bandas Luciferiano,(B.M/SC) Caamos (B.M/PR) e vocês não tem medo que isso atrapalhe a agenda da banda em um futuro próximo ? Só não conheço o baixistas Rafael !

Guilherme Garbelotto: Cada formação tem o seu valor e essa também vai botar para quebrar, como foi a outra. Não tememos a distância, todos têm as suas vidas particulares, mas estamos sempre nos falando. Conheci o Cássio em 1999 eu acho, eu tocava na Morbus Inferno e ele estava na Opium, tocamos no mesmo fest em Itajaí. Acho que a Lycanthropy também tocou. E depois fui encontrando ele por aí até saber que ele era meu vizinho recentemente e começamos a ensaiar com a Antichrist Hooligans, somente eu e ele. O baixista Rafael fez parte da banda Lado Obscuro, outro doido gente finíssima que se encaixou perfeitamente na Antichrist Hooligans.

Guilherme, vamos fazer uma pequena viagem ao passado da banda. Para começar : nós fale um pouco dos primeiros trabalhos…” Satanik Rehearsal Demon,” Demo de 2010 e do vídeo “Live At Necrolust Festival” de 2011. Quem teve a ideia de gravá – lo e vocês gostaram da performance da banda neste trabalho ? Confesso que adoraria tê – lo na minha coleção. É possível ter acesso a esses artefatos raros & kult da banda ? Como foi a divulgação desses artefatos ?

Guilherme Garbelotto: Os nossos primeiros trabalhos foram ensaios que a gente gravava para não perder as ideias. E essa Satanic Rehearsal Demon foi um ensaio bem gravado que resolvemos fazer algumas cópias e distribuir para os mais chegados, mas sem muito compromisso. Gostamos do resultado. Tenho este material em MP3 e vou te passar, assim como outros materiais que tenho que nunca foram lançados. O vídeo Live At Necrolust Festival foi nosso primeiro show e foi gravado por duas pessoas (ex-namorada do Andrey e o Binho, um grande banger das antigas daqui de SC), mas também sem muito compromisso, era mais para a banda mesmo ter como registro. Não foram feitas cópias para serem divulgadas.

Em 2012, a banda lança outra Demo intitulada “Satanik Nuclear Disorder” e como foi a distribuição desse artefato no submundo metálico e vocês ficaram felizes com esse trabalho ?

Guilherme Garbelotto: Em 2012 recebemos um convite da Hammer Of Damnation para lançamos um material em tape. Se não me engano foram reproduzidas apenas 100 cópias e foram todas vendidas. Ficamos felizes com esse trabalho, era uma etapa mais entrosada que na época do ensaio Demon.

Em 2013, a banda com uma formação matadora com Andrey no baixo, Kranium na bateria, Caströfe Nuclear no vocal e você Guilherme nas guitarras, entram em estúdio e gravam um clássico o debut – CD “We Will Piss On you Grave” e que foi aclamado por todos os demônios e insanos Metalheads mundo afora e mídia especializada. O que você lembra das sessões de gravação e como foi o processo de criação daquelas músicas ?

Guilherme Garbelotto: Cara, o processo de gravação foi muito massa. Sou suspeito para falar porque gosto muito do clima de estúdio, de gravar. E na época éramos muito amigos, todos acompanharam as sessões de gravação. Fizemos a captação em um estúdio caseiro de um amigo nosso e entregamos o produto final para o Alexei Leão (Stormental, Epitaph – já produziu diversas bandas por aí). Já o processo de criação era todo feito nos ensaios mesmo. No primeiro ensaio da banda já saiu a Satanic Whore. Ensaiávamos duas horas por semana. Uma hora era som alto e na outra hora era só descontração. Estávamos sedentos por fazer música! Bons tempos!!!!

Em 2017, vocês gravaram o último trabalho com a “formação clássica” da banda o EP “Nuclearwitch”. É uma compilação né ? E porque vocês gravaram “Jhonny” do Garotos Podres ? E a capa desse artefato é uma homenagem às lendas da ilha da magia, né ? Nos fale mais sobre ela.

Guilherme Garbelotto: Em 2017 recebemos o convite da Hammer Of Damnation para lançarmos um Split 7” EP com a Dethroned Christ. Já tínhamos as músicas mas não estavam 100%. Depois recebemos a informação que a Dethroned Christ não iria mais participar e ficamos com o play todo. E esse lançamento saiu também em CD pelo fato de muita gente não ter o toca-discos para curtir. Então a Hammer fez um CD com um monte de bônus, incluindo a primeira demo oficial e mais alguns sons ao vivo, incluindo a Johnny, dos Garotos Podres. Esta música foi escolha de todos, todos curtiam (e ainda curto muito) o Garotos Podres e a letra é massa pra cacete. Foi elaborada uma capa para o 7”EP e outra para o CD, sendo uma homenagem da banda para as bruxas da nossa terra, das lendas contadas pelo Franklin Cascaes. Tanto a capa como a parte interna do CD possuem desenhos referentes a essas lendas que fazem parte da nossa tradição.

Eu vi alguns shows da Antichrist Hooligans por Santa Catarina e posso dizer : uma apresentação da banda era matadora, destruidora, caótica e tinha aquele resgate dos anos 80, e com um visual carregado. O que você lembra desses shows e qual deles foi o que você mais gostou ?

Guilherme Garbelotto: Valeu, Waltinho! Foram muitos shows por aí, todos muito intensos, sem muita firula. Era plugar e tocar, e sempre alto!!! Não sei te dizer o que mais gostei porque todos foram muito especiais. Mas tem um que teve uma situação engraçada…no extinto Gas Station, no Natal Metálico. O Klaus falou para o Diego pegar leve no palco porque o dono do bar era católico, crente, sei lá. Chegou uma parte do show o Diego manda assim: “Ajudar as crianças carentes no Natal é uma atitude muito massa mas mandar Jesus tomar no cú é melhor ainda” hahahahaha

Walter Bacckus – Diego sendo Diego ! (Kkk) Para quem nas apresentações do saudoso Osculum Obscenus se cortava todo em cima do palco esse comentário até foi tranquilo.(kk)

CASSIO SGT. EMPALADOR: Bateria (Terra Nova est. 1472, ex-Grotesque Glory, ex-Assepsia, ex-Marreta, ex-Ópium

Cataströfe Nuclear(V) é uma lenda dentro da cena catarinense. Um frontman carismático e um profundo conhecedor/batalhador do submundo metálico da “ilha da magia,” com passagens por bandas de Floripa como o lendário Caibalion (Death Metal/80) e Osculum Obscenus. (Black Metal/90) O que você espera do Luciano Lamferniis em uma apresentação ao vivo ? Lamferniis (ex – Desejo impuro,Svartan) é um grande frontman e sabemos de todo seu potencial como vocalista. Mas ele terá um grande desafio pela frente, né ? (Kkk)

Guilherme Garbelotto: O Diego Cataströfe Nuclear continua sendo um grande amigo, converso com ele de vez em quando, gosto pra caramba dele e inclusive vou lançar um material de um projeto dele. É um cara muito criativo, é uma lenda mesmo. Pena que não pode se dedicar mais ao que gosta por causa de trabalho. Ele tem um estilo e o Luciano tem outro. E o Lamferniss é outro puta frontman, não tinha melhor escolha para o posto de vocalista! Somos outra formação, comparações são inevitáveis, mas posso te garantir que está tão foda quanto a anterior.

Quando o mundo voltar ao normal e quando esse maldito vírus passar esperamos que seja em 2022 e o Brasil volte ao normal e esse caos pandêmico sejas só uma triste lembrança. Vocês pensam em voltar a fazer shows e quais os planos da banda sobre um futuro álbum completo ?

Guilherme Garbelotto: Quando o mundo “voltar ao normal” entraremos em estúdio para gravar o terceiro CD. Antes da pandemia já tínhamos cerca de 9 sons ensaiados (eu e o Cássio ensaiando toda semana) mas aí paramos por motivos óbvios. Agora o Cássio vai construir uma casa aqui perto com um estúdio e ano que vem se tudo der certo retomaremos os ensaios. A nossa meta é gravar mais um CD, que era o planejado com a formação anterior, para deixar registrados os sons que tínhamos composto. Shows, se a logística ajudar, faremos!!!

O Antichrist Hooligans fazia um som poderoso, caótico, satânico, calcado no Black/Thrash Metal e que vocês carinhosamente chamavam de “Metal Punk”. Com essa nova formação como está ficando os novos sons da banda ? Continuam focados no Black/Thrash Metal ? E que outras influências os novos integrantes trazem para a banda ?

Guilherme Garbelotto: A Antichrist Hooligans trocou a formação, mas a essência continua a mesma, mesma pegada, talvez um pouco mais técnica com a entrada do Cássio. Mas o foco é o Black Thrash Metal mesmo, é o que gostamos de tocar! As influências dos integrantes são similares, o pessoal conhece bastante som.

Vamos para as polêmicas e eu sei que é um assunto chato mas que nos dias de hoje é preciso falar e saber a opinião da banda. Todos os três trabalhos oficiais da banda que saiu em CD/EP, vocês lançaram pela “polêmica” gravadora Hammer Of Damnation. Segundo muitos no cenário Underground o dono da gravadora tem ideias nazistas e não esconde isso de ninguém. Porque vocês assinaram com eles e o que vocês pensam sobre pessoas que defendem o nazismo ?

Guilherme Garbelotto: Assinamos com a Hammer Of Damnation pelo fato de ser um selo extremamente competente e profissional com o seu cast. Recebemos o convite da Hammer porque um grande amigo nosso (Heitor Hashcloud – Songe D’Enfer) encaminhou uns sons para a gravadora, que curtiu bastante nossa proposta. O cast da Hammer é bem diverso, já teve a mesma polêmica com o Agnideva. Não compactuamos com o nazismo, jamais apoiaremos. E temos sabedoria para responder por nossos atos e escolhas.

GUILHERME BIZ: Guitarras (Pogo Zero Zero, ex-Mister Twisted, ex-Sodamned, ex-Morbus Inferno, ex-PowerSteel, ex-Monster Truck, ex-Gardenia, ex-Monttana, ex-The Face)

Nós que moramos no Sul do Brasil sempre somos taxados pelo Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil de sermos nazistas só pelo fato de morarmos por aqui e às vezes defender também a nossa cultura sulista. E não vejo nada de errado em exaltar suas raízes. O que você pensa disso ?

Guilherme Garbelotto: Também não vejo nada de errado. Todo mundo tem o direito de exaltar suas raízes desde que não falte com respeito com as outras que existem. Aliás, se respeito existisse, o mundo não estava nessa merda que está hoje.

Muitos músicos e também muitos Metalheads dizem que não gostam de política e não misturam metal com Política. Mas eu acho que só pelo fato de ouvir metal já estamos sendo políticos. Rolou uns boatos que a banda se separou porque houve divergências entre integrantes porque um defendia o atual governo genocida, negacionista e do Deus acima de tudo. Eu não liguei muito pra essa história até ver o Andrey postar uma foto com o filho do atual presidente no Facebook. O que de fato existe de verdade nessa história ? Vocês acham que metal não se mistura ou se mistura com política ?

Guilherme Garbelotto: Realmente teve um desentendimento entre o Andrey e o Cristiano mas não teve nada a ver com política, apesar dos dois terem opiniões políticas opostas. Os dois são grandes amigos meus, uma pena tudo isso ter acontecido. Na minha opinião, Metal até pode se misturar com política (DRI e Nuclear Assault faziam isso antigamente, e bem feito) mas tem que ser apartidário. Particularmente, não gosto de política (leia-se aqui sistema político brasileiro). Levantar bandeira de partido pilantra é demais pra mim. Hoje está tudo muito polarizado, se você critica a esquerda você é bolsonarista, se critica a direita você já vira petista, comunista. Chato pra caralho isso aí! Sou criticado pelo fato de não ter um lado nessa escolha. Prefiro ser chamado de alienado do que ter que escolher entre partido de direita e de esquerda em uma eleição. Se essa corja não me representa, porque escolher? Depositar esperança em impostores, tô fora! As letras do Ratos De Porão – discos Brasil e Anarkophobia me representam. Sem mais!

Walter Bacckus – Realmente é foda essa polarização ! Odeio também políticos ! Mas com esse desgoverno temos que assumir uma posição. Nada para ficar em cima do muro mas respeito quem prefere ficar neutro.

Guilherme, você é um cara que tem uma vasta história dentro da cena catarinense/nacional e tocando em várias bandas. Tem um selo e uma distro. Como você vê a cena catarinense de hoje ? Em relação ao teu selo/ distro quais as novidades e últimos lançamentos ?

Guilherme Garbelotto: A cena catarinense nunca foi muito grande, mas sempre foi muito forte. Sempre tivemos boas bandas se destacando. Em relação a distro, atualmente estou mais focado no lançamento de LPs, participei dos lançamentos do Heia (Magnum Opus) e Wolflust (Satanic Megatons). E teremos mais novidades em breve, provavelmente mais dois LPs serão lançados. Um projeto com lendas da cena catarinense também será lançado exclusivamente pela distro, com integrantes do Necrobutcher, Osculum Obscenum e Skombrus, aguardem!!!!

Em relação a cena Underground nacional o que tu acha que melhorou ou piorou nos últimos vintes anos ?

Guilherme Garbelotto: A cena underground nacional melhorou muito nos últimos anos pois gravar um material ficou mais fácil, então bastante gente está conseguindo mostrar o seu trabalho. Só acho que a tecnologia tirou um pouco da essência, da nostalgia de quem viveu um outro tipo de cena…mas aí entro em papo de velho e não paro mais hahaha.

Na cena brasileira quais bandas tem escutado e que te chamou atenção e tem seu apoio ?

Guilherme Garbelotto: Ultimamente tenho escutado material da Offal, Desdominus, Svatan, Malefactor (Sixth Legion em especial), Ar Da Desgraça, Posthumous, Lalssu e o Luvart. Escuto bastante velharia nacional (os clássicos), mas essas que citei têm o meu apoio.

Hoje em dia tem uma galera mais “old school” que não aceita as novidades tecnológicas que começaram a fazer parte do Underground. Criticam por exemplo : plataformas de streaming ou até mesmo um Webzine de metal. Você acha que é possível consumir/lançar por essas mídias ? Ou você acha que podem existir músicas digitais, Webzine e zine impresso ?

Guilherme Garbelotto: Como respondi anteriormente, ficamos mais saudosistas por causa da facilidade da tecnologia, sempre teremos aquela lembrança do que passou, mas isso faz parte. Antigamente era mais difícil de conseguir material, era mais valorizado. Mas a tecnologia é bem-vinda pelo fato de podermos conhecer muitas bandas fodas que não teríamos acesso. Eu, particularmente, adquiro bastante material físico (LP, CD, Zine, camiseta) mas também acompanho Metal por essas mídias, acompanho os sites de Metal. Acho que vale tudo, tem para todos os gostos. Conheço uma galera old school que só consome streaming, não tem mais espaço em casa para material físico. Curtir Metal é o que vale, não importa a maneira.

Falando em zine impresso… O que você acha dos zines impressos ?

Guilherme Garbelotto: Cara, sou viciado em zine impresso. Você mesmo já me forneceu uma porrada, inclusive o seu (Maléfica Existência Zine). Zines são essenciais e acho legal que tem muita gente consumindo, essa cultura está longe de acabar.

Antes do caos pandêmico que estamos vivendo há quase dois anos e os shows de metal já estavam vazios e com pouco público. Eu acredito que depois que esse caos passar eu acredito que há situação será diferente. Na sua opinião, o que fez o público Metalhead ter se afastado dos shows nos últimos anos ?

Guilherme Garbelotto: Comodismo mesmo. Mas como dissesse, assim que a pandemia acabar (ou amenizar bastante), pessoal irá voltar com tudo aos shows, galera está sedenta.

Guilherme, nós gostaríamos de saber uma opinião sua…Metal ou Punk ?

Guilherme Garbelotto: Metal, com certeza. Principalmente o Heavy e o Thrash Metal dos anos 80 e o Death Metal do início dos anos 90!!! Metal é a minha escola, influenciado pelo meu irmão, desde 1986. O Punk veio depois com English Dogs, The Exploited e as bandas nacionais, tendo também grande importância na minha vida. E os novos anticristos da banda mijariam no túmulo de quem ou quem merece um boa mijada por suas cagadas ? (kkk) Acho que nós mijaríamos e cagaríamos no túmulo de qualquer político ou pastor filha da puta, acho que isso é unânime na banda hahahaha

Meu amigo Guilherme, foi uma honra tê-lo aqui no portal THE OLD COFFIN SPIRIT e trazendo novidades sobre o grandioso Antichrist Hooligans. Espero que vocês tenham glórias e vitórias com essa nova formação e fazendo sempre o melhor Black/Thrash metal para nós maníacos por metal. O espaço é de vocês. Abraço e força, sempre !!!

Guilherme Garbelotto: Grande Waltinho, muito obrigado pela oportunidade. Sempre uma honra responder uma entrevista sua, um batalhador da cena, nunca esteve parado, editor de um zine muito foda também! E fiquei muito contente de saber que você está no time da The Old Coffin Spirit, do meu grande camarada Fabio Brayner. A Antichrist Hooligans agradece todo o apoio e em breve teremos novidades!

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